28 de fev. de 2007

Deixe o desktop mais eficiente em apenas 12 passos

1) Ganhe espaço em discoUm grande consumidor de espaço em disco é a Restauração de Sistema do Windows, que costuma usar muitos megabytes para acomodar pontos de restauração que raramente são utilizados. Para diminuir isso, clique com o botão direito em Meu Computador, escolha Propriedades, abra a guia de Restauração do Sistema e arraste o controle deslizante para de 3% a 5%, suficientes para guardar dois pontos de restauração. Remover arquivos desnecessários também ajuda. Clique em Iniciar, Executar, digite cleanmgr /sageset:99 e tecle Enter. Marque os arquivos que deseja eliminar e clique em Ok.

2) Desfragmentar é precisoÉ recomendável desfragmentar o HD pelo menos uma vez por mês, pois discos muito fragmentados deixam o sistema lento. Para isso, selecione Iniciar, Todos os Programas, Acessórios, Ferramentas de Sistema, Desfragmentador de Disco. Lembre-se de que é preciso pelo menos 15% do espaço total do HD livre para o utilitário rodar.

3) Programas indesejáveisQuando você liga seu computador, muitos programas são carregados automaticamente, o que torna o processo e o funcionamento mais lento. O software gratuito Startup Control Panel lista todos os programas que iniciam automaticamente no seu computador. Depois de baixar e instalar o utilitário, clique em Iniciar/Painel de Controle/Startup e escolha uma das guias Startup. Desmarque a caixa ao lado de um programa indesejado para impedi-lo de abrir quando o Windows inicia. Reinicie sua máquina depois de usar o Startup Control Panel.

4) Capacidade extraQuando os fabricantes de processadores ajustam a velocidade desses componentes, procuram um ponto de equilíbrio entre segurança e desempenho. Mas é possível turbinar o processador por meio de overclocking e obter melhor desempenho.
Para isso, altera-se a freqüência ou o ajuste de voltagem no programa de setup do PC, ou ainda ajusta-se diretamente na placa-mãe. No entanto, é preciso descobrir até onde se pode ir. Quem faz isso com freqüência costuma realizar pequenos incrementos na velocidade de clock e retorna a um passo anterior assim que percebe alguma instabilidade ou pequenas falhas do sistema.
Fornecedores como Dell e HP costumam travar a velocidade das CPUs para evitar que aventureiros torrem os chips e depois procurem por suporte técnico. Saiba mais sobre aceleração do processador em www.pcworld.com.br/overclock.
5) Troque a CPUSe turbinar o processador não forneceu a melhoria esperada, a saída é mesmo trocar o chip. Visite o site do fabricante da placa-mãe para descobrir quais modelos são compatíveis e a velocidade máxima de CPU que ela suporta.
Adquira, então, o melhor processador que for compatível, mas fique atento ao fato de alguns chips novos serem bem mais caros que modelos já disponíveis, apenas por serem lançamentos. E a performance pode ser semelhante à de modelos mais baratos.

6) Faça uma faxina mesmoMicros que operam a uma temperatura maior do que a ideal costumam ter baixo desempenho. Como melhorar isso? Providencie uma boa limpeza das saídas de ar. Depois, abra o gabinete e, gentilmente, aspire a poeira acumulada, principalmente nas ventoinhas e dissipadores de calor. Redistribua os cabos internos pelas laterais do gabinete, mas longe das saídas de ar. E deixe o gabinete afastado alguns centímetros de paredes ou laterais de escrivaninhas.
7) Memória é essencialA Microsoft diz que o Windows XP roda com 64 MB de RAM, suficientes, digamos, para aplicações como o “complexo” Notepad. Programas mais pesados exigem 128 MB de memória, mas o sistema provavelmente irá afundar sem, ao menos, 256 MB. Micros com menos de dois anos de uso devem ter pelo menos 512 MB.
Rodar o Vista Premium adequadamente vai exigir o dobro dessa quantidade. Na hora de comprar memória nova, saiba que algumas revendas aceitam módulos antigos como parte do pagamento.

8)Faça expansões com SATAAumente a capacidade de armazenamento do micro com a nova geração de HDs (internos ou externos) Sata, que oferecem maior velocidade de transferência de dados. Mas saiba que pode ser necessário instalar uma interface de comunicação nesse padrão. Se o sistema não conta com essa facilidade, existem placas PCI que suportam até dois drives Sata. Algumas placas oferecem até conexões para rede GigabitEthernet.longe das saídas de ar. E deixe o gabinete afastado alguns centímetros de paredes ou laterais de escrivaninhas.

9) Backup externoDiscos rígidos externos são mais caros, mas são muito versáteis para fazer backup (confi ra nosso comparativo de HDs externos nesta edição). Com um deles conectado ao PC, é possível agendar o backup diário do sistema no Windows XP e, se for um dispositivo compartilhado na rede, receber o backup de todas as máquinas. Use-os para transferir arquivos grandes entre sistemasrapidamente.

10) Migre para um gravador de DVDsConsidere a troca da unidade de CDs (principalmente se ela apenas lê estes discos) por um gravador de DVDs. Modelos mais recentes (com preços a partir de 150 reais) trabalham com formatos DVD+R/RW e DVD-R/RW, suportam camada simples ou dupla, e podem armazenar até 8 GB de dados. Em vez de cópias de segurança em dezenas de CDs, você pode ter o mesmo conteúdo em um ou dois CDs.

11) Decida-se sobre o somSe você não adicionou um home theater de 5.1 canais ao sistema, é provável que o som que você ouve no micro venha de uma placa de som genérica ou ainda do chip de áudio integrado à placa-mãe e distribuído por de alto-falantes de qualidade duvidosa. Um upgrade interessante pode ser obtido com a adição de um amplificador de áudio de baixo custo à saída de áudio do micro.

12) Vá de BluetoothTelefones celulares e muitos dispositivos portáteis já vêm de fábrica com tecnologia Bluetooth instalada, muito útil para conectar fones e transferir dados, tudo sem fio. Mas desktops (e até alguns notebooks) carecem dessa facilidade.
Adaptadores USB, de baixo custo e do tamanho de um pen drive resolvem esse problema, e podem sair mais barato que adquirir um cabo de comunicação para transferir fotos do celular para o micro, por exemplo.
Confira mais dicas na reportagem de capa da edição 175 da revista PC WORLD, já nas bancas. São mais de 50 dicas de hardware que irão ajudar você a tirar melhor proveito de seus equipamentos.

Fonte: IDGNow

26 de fev. de 2007

Quer trabalhar em casa?

A política de home office está se tornando mais e mais comum no Brasil. Quem pode aderir e o que é necessário para que o trabalho remoto funcione? Desde 2001, o TI Master vem acompanhando o aumento no número de empresas e profissionais utilizando o teletrabalho (trabalho à distância). À medida que avança a tecnologia necessária para esse modelo, preconceitos vão sendo deixados de lado e o home office vai se tornando cada vez mais popular aqui no Brasil.“
Já é uma realidade, mas ainda não tem massa crítica. Vários executivos já trabalham com isso, mas a maioria dos profissionais ainda fica no escritório – diz o Diretor de Marketing da Polycom para América Latina e Caribe, Pierre Rodrigues.Para o Gerente Regional da Linksys (subdivisão da Cisco), Emerson Yoshimura, o maior obstáculo ao teletrabalho é mesmo cultural. “A barreira cultural é grande, tanto no mundo profissional quanto no familiar.
A tecnologia já permite fazer home office, mas há empresas que ficam satisfeitas se o funcionário passa 8 horas por dia no trabalho e não medem a produtividade. Falta o modelo executivo: trabalhar por produtividade é diferente de trabalhar por carga horária – explica.Na Symantec, onde 90% dos funcionários trabalham em notebooks, a política existe desde 2003 e é dividida em três diferentes categorias: o home office Casual, usado por funcionários que têm escritório nas dependências da empresa e ocasionalmente utilizam o escritório em casa; o home office Oficial, dos funcionários que trabalham sempre remotamente; e ainda o home office Executivo, para cargos de diretoria e presidência.“Com o advento da banda larga e o aumento do uso de notebooks, a maioria dos funcionários passou a ter essa possibilidade. Alguns tipos de tarefas são mais produtivas fora do ambiente de trabalho, sem telefones tocando e colegas parando na sua mesa – afirma o Gerente de Marketing da Symantec Brasil, Christopher Cook.
As vantagensYoshimura usa o home office há cerca de seis anos, desde que começou a trabalhar em empresas de tecnologia. Hoje, ele chega a passar até três dias por semana em seu escritório em casa. “A produtividade aumenta, em casa você está mais tranqüilo. Sem contar que em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, você pode perder 45 minutos no trânsito. A empresa nos incentiva a trabalhar em casa, especialmente quando acontece qualquer problema na cidade: chuvas, acidentes, um buraco no meio da cidade... – diz, rindo.
A Cisco utiliza a política de home office desde o ano 2000. A possibilidade de trabalhar remotamente está aberta para todos os funcionários e boa parte deles adota o método. Alguns trabalham à distância 100% do tempo.“A gente tem, por exemplo, atendentes de call center remotos que trabalham com telefonia IP. Alguns de nossos colaboradores são deficientes físicos, teriam problemas para chegar ao local de trabalho; com o home office fica bom para eles e para nós, porque esses profissionais são muito produtivos – lembra o Gerente de Desenvolvimento de Negócios em Segurança da Cisco, Maurício Gaudêncio.
Outro ponto de destaque para Maurício é a economia em espaço. Como os funcionários não estão todos ao mesmo tempo nas dependências da empresa, os custos com aluguel, limpeza e manutenção são drasticamente diminuídos. “A Cisco fica num prédio bastante caro. Se todos os colaboradores trabalhassem aqui, teríamos que ocupar três ou quatro andares, mas hoje ocupamos só dois. Os gastos com aluguel poderiam ser o dobro se não tivéssemos a política de home office – afirma.Na multinacional Polycom, 25% dos empregados usam o esquema de home office.
Só na América Latina, a porcentagem sobe para metade do quadro de funcionários. Pudera: para a companhia, especializada em serviços de teleconferência, o trabalho a distância é também um nicho de mercado. “No nosso caso o home office é mais sofisticado, porque é nosso produto. Mas as empresas precisam levar esse trabalho a sério – justifica Pierre Rodrigues. Ainda segundo ele, os colaboradores que trabalham em casa têm rendimento comprovadamente maior do que no escritório da companhia.
As desvantagens Alguns adeptos do teletrabalho acham até difícil encontrar pontos negativos nesse modelo de trabalho. Mas, como tudo na vida, ele também não é perfeito. Numa pesquisa recente da Korn/Ferry International, mais de 60% entre 1.320 executivos globais disseram acreditar que funcionários remotos têm mais dificuldade em avançar em suas carreiras, se comparados aos seus colegas que trabalham nas dependências da empresa. Segundo os executivos, o relacionamento presencial faz diferença na hora de uma promoção. Apesar disso, 48% dos entrevistados pensariam em aceitar um emprego que exigisse a prática regular de home office e 78% afirmaram que os telefuncionários tinham produtividade igual ou superior à daqueles que trabalham em escritório.
Outra preocupação está relacionada ao desempenho de equipes. Se a política de teletrabalho é implantada sem o planejamento adequado, colaboradores que originalmente trabalhavam em grupo podem se tornar verdadeiros estranhos um para o outro, atrapalhando o desempenho geral. Quando não está previsto que o colaborador trabalhe em regime de home office o tempo todo, o seu gerente deve zelar pelo equilíbrio da participação no escritório, aconselhando-o a ir mais vezes à empresa.Além disso, o trabalho remoto não é a solução ideal para todo mundo, mesmo quando a companhia oferece a opção para todos os seus colaboradores.
Algumas funções são incompatíveis com esse modelo, simplesmente porque exigem a presença do profissonal onde estiverem as máquinas ou os setores administrativos da empresa.“Acho que as únicas coisas que não podem funcionar como home office são as mais operacionais, quando você tem que trabalhar fisicamente com as máquinas. Mas muita coisa de criação pode ser feita de forma remota. Na parte de desenvolvimento de software, por exemplo, muitas vezes você fica o dia inteiro sentado na sua baia e não fala com ninguém da empresa – diz Pierre Rodrigues.
Cuidado com os excessos Em relação aos profissionais, é preciso chamar a atenção para o quesito disciplina. E não só em relação ao trabalho. A impressão errada que muita gente tem é de que o profissional trabalhando em home office é mais “folgado” do que aquele que trabalha na empresa, mas segundo Emerson Yoshimura o que geralmente acontece é o contrário: trabalhar demais.“Você tem que se controlar para não virar um workaholic.
Fazendo home office você tem mais chance de virar a madrugada trabalhando, comendo mal, dormindo mal... não tem o gerente para orientar, os colegas para chamarem para um intervalinho. Isso pode agredir a sua vida pessoal – explica.Pierre concorda. “No escritório, você ‘desconecta’ do trabalho ao sair às seis da tarde. Eu ás vezes me pego passando pela porta do meu escritório em casa às 11 da noite, parando pra conferir alguns e-mails e só saindo de lá meia-noite e meia. A disciplina serve para os dois lados – avisa.O que é preciso para funcionar?Disciplina é fundamental, mas não basta. Para o trabalho remoto render ao máximo, existem alguns pré-requisitos (tecnológicos ou não) a serem cumpridos pela empresa e pelo profissional. Christopher Cook enumera cinco fatores. “A gente se preocupa mais com as seguintes áreas: suporte, hardware, segurança, telecomunicações e conectividade. Nós temos um IT Helpdesk específico para os funcionários em teletrabalho; usamos VPN (Virtual Private Network); os notebooks têm, alés dos pacotes de trabalho comuns, os pacotes de segurança da própria Symantec, independente de serem levados para casa ou não. E nós também fornecemos uma boa estrutura de telecomunicações e internet, porque o usuário não vai conseguir trabalhar sem banda larga – explica.
Na Cisco, além de todos os profissionais trabalharem em laptops, a empresa reembolsa o aluguel de serviços de banda larga e fornece telefonia IP. A maioria dos profissionais utiliza também roteadores e tecnologia wireless. O VPN é unanimidade para garantir uma conexão segura com os servidores. Também é interessante contar com ferramentas de comunicação de grupo, como videoconferência, para que os funcionários não estejam ligados apenas aos bancos de dados, mas ao restante da equipe.Somado a isso tudo, vem, é claro, a criação de um hábito de trabalho.
A tarefa envolve o profissional e toda a família, que vai ter que se acostumar a vê-lo o dia todo em casa. “Quando eu ainda morava com meus pais e já trabalhava em home office, minha mãe me deu o apelido ‘Jaque’, porque toda hora ela vinha me pedir alguma coisa dizendo ‘já que você está em casa’... eu tinha que explicar que estava trabalhando. Não dá para fazer home office e brincar com os filhos ao mesmo tempo. Você tem que deixar claro que está trabalhando – lembra Yoshimura.
Fonte: TI Master

23 de fev. de 2007

Como equilibrar vida pessoal e carreira!

Esta questão tem sido muito discutida nos últimos anos e não apenas no Brasil. Após mudanças significativas ocorridas no cenário mundial desde a década de 80, seja nas questões sociais, política, econômica, nas telecomunicações, essas mudanças atingiram o mercado de trabalho.
Na década de 90 ouvimos falar com freqüência do “workaholic”, ou o viciado em trabalho. Pessoas com compulsão pelo trabalho, sempre existiram, entretanto, houve nesse período um incremento estimulado pelo aumento da competitividade, pelo desejo da manutenção do emprego, pela necessidade de aumentar os ganhos financeiros, para demonstrar emprenho e comprometimento, e escamotear problemas e dificuldades pessoais entre outros. Afinal de contas, uma pessoa com esse perfil dificilmente consegue desenvolver algum outro interesse que não seja o trabalho e essa atitude acaba por colocar em risco relações familiares e sociais (pais, esposa, namorada, filhos, amigos).
Com o passar do tempo, esse comportamento começou a ser mal visto inclusive pelos próprios empregadores, pois o rendimento dessas pessoas tende a diminuir. No início, pode-se obter um resultado excelente, mas não é duradouro trazendo, em médio prazo, mais prejuízo do que ganhos á essas pessoas e aos seus pares. Dentre os malefícios, podemos citar, o stress, mau humor, pressão alta e até depressão, redução dos seus vínculos sociais, falta de interesse por qualquer outro assunto que não seja trabalho, redução de atividades físicas, conseqüentemente, se afastando e sendo excluído de outros contatos que não sejam os profissionais, reduzindo sensivelmente sua qualidade de vida.
Em função disso, no final da década de 90, iniciou-se um movimento global pela busca da qualidade de vida, envolvendo não apenas as questões relacionadas à saúde e segurança no trabalho, mas também à motivação, satisfação, maior participação do trabalhador nos processos de gestão da empresa, visando humanizar mais o ambiente profissional Atualmente, e principalmente em empresas com uma visão mais abrangente do significado das pessoas para o resultado da organização, os trabalhadores são vistos como sujeitos, estando sua realização calcada no desenvolvimento e aprofundamento de suas potencialidades.
Entretanto, mais do que deixar a cargo da empresa o gerenciamento das condições e melhorias no trabalho, a pessoa, precisa não apenas embarcar em mais uma tendência, mas acima de tudo começar a se dar conta sobre quais são os elementos e fatores que possam, de fato, propiciar melhor qualidade de vida. É preciso, antes de tudo, tomar consciência do que significa qualidade de vida para cada um, pois podemos encontrar definições na OMS - Organização Mundial da Saúde, no (PIACT) Programa Internacional para o Melhoramento das Condições e dos Ambientes de Trabalho , na (OIT)- Organização Internacional do Trabalho, mas o que representa melhor qualidade de vida para você?
Algumas empresas fazem compras de supermercado para seus colaboradores, transportam seus filhos para a escola, disponibilizam academias de ginástica no local de trabalho, permitindo, ou melhor, facilitando com que eles permaneçam mais tempo no trabalho e alegam estarem melhorando a qualidade de vida de seus funcionários.
Será mesmo?
Somente um trabalho de autoconhecimento pode trazer a consciência o que cada pessoa entende sobre o que é Melhor Qualidade de Vida. Na minha opinião é ter mais tempo livre fora do trabalho para fazer o que se deseja. Num artigo da Harvard Business Review, tratando sobre equilíbrio entre trabalho e vida pessoal há uma proposta bastante interessante em que os autores propõem que os gerentes não considerem mais vida a pessoal como concorrente da vida profissional, mas que sejam complementares. Um novo modelo de gestão possibilitaria melhor aproveitamento das potencialidades dos seus colaboradores, trazendo para dentro da empresa competências que ele possua e pelo que se interessa fora do trabalho.
Segundo os autores, há algumas condições necessárias para que o líder consiga obter o máximo dos seus colaboradores, criando um círculo virtuoso, pois eles se sentirão mais comprometidos com a organização, com a confiança, com a lealdade e a energia que investem no trabalho redobrada, são elas:
Informar claramente a seus empregados sobre as prioridades dos negócios e encorajá-los a serem igualmente claros sobre suas prioridades pessoais. Reconhecer e dar suporte a seus empregados não apenas tomando conhecimento como também celebrando seus papéis fora do escritório. Experimentar continuamente a forma como o trabalho é realizado buscando abordagens que favoreçam o desempenho da organização e permitam que os empregados persigam suas metas pessoais. A gestão, de pessoas deu um salto qualitativo muito grande nos últimos anos, mas ainda, talvez por esbarrar em questões de ordem prática, como a legislação, e outras que eu precisaria me debruçar mais para descrever com mais propriedade, ainda não conseguiu perceber que as pessoas são diferentes, que possuem motivações diferentes, valores diferentes e que necessitam de tratamento diferenciado para sentirem-se valorizadas, reconhecidas, estimuladas, desafiadas e que, portanto entendem por qualidade de vida estímulos diferentes.
Desta maneira, para gerenciar a carreira sem perder de vista a chamada “qualidade de vida” são necessárias algumas medidas:
1. Tomar consciência sobre quais são os fatores e condições que você entende como melhoria para sua vida, para isso um processo de autoconhecimento é bastante útil, sendo possível realizá-lo através do trabalho com um Orientador de Carreira ou um processo psicoterapêutico.
2. Equilibrar, da melhor maneira possível, as várias esferas da sua vida G profissional, pessoal, social e familiar.
3. Administrar seus compromissos e obrigações de maneira que consiga ter tempo livre fora do trabalho, que não seja para investir em atividades que estejam relacionadas ao trabalho (academia, caminhada, aulas de dança, artesanato, ler um livro, enfim encontrar tempo para fazer alguma atividade prazerosa).
4. Dentro da sua empresa, buscar aplicar as competências em que mais se destaca naturalmente, tornando o seu trabalho mais interessante, satisfatório e produtivo.

* Adriana Gomes: Mestre em Psicologia, pós-graduada em Psicologia Clínica, psicóloga de formação. Ex-Vice presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou por 10 anos como Headhunter e em Outplacement. Atualmente é professora do pós-graduação da ESPM na cadeira de Fator Humano e no Instituto Pieron de Psicologia aplicada, realiza palestras em empresas e escolas sobre Orientação Profissional e de Carreira, atende em consultório particular realizando Coaching, Orientação Vocacional, Orientação De Carreira E Psicoterapia.
Responsável pelo site www.vidaecarreira.com.br

19 de fev. de 2007

A Amazônia não está à venda!!!

Por Celso Amorim, Sérgio Rezende e Marina Silva
Com freqüência vemos circularem notícias sobre interesses de pessoas, entidades ou mesmo governos estrangeiros com relação à região amazônica. Recentemente, surgiram no exterior iniciativas com o objetivo de adquirir terras na Amazônia para fins de conservação ambiental ligadas à preocupação com o fenômeno da mudança do clima e ao possível papel do desmatamento nesse processo.
São propostas que desconhecem a realidade da floresta amazônica. Ignoram também importantes dados científicos. A mudança do clima é um problema real ao qual o Brasil atribui grande importância. Há consenso mundial de que o fenômeno está sendo acelerado pela ação humana. É um processo cumulativo, resultado da concentração progressiva de gases de efeito estufa na atmosfera nos últimos 150 anos. Assim, focar a atenção especialmente nas atuais emissões é errado e injusto. Alguns dos atuais emissores -sobretudo os países emergentes- têm pouca ou nenhuma responsabilidade pelo aquecimento global, cujos efeitos começamos a sentir. A causa principal da mudança do clima é conhecida: pelo menos 80% do problema tem origem na queima de combustíveis fósseis -especialmente carvão e petróleo- a partir de meados do século 19. Apenas pequena parcela resulta das mudanças no uso da terra, incluindo o desmatamento. O desmatamento atual em escala global é preocupante por várias razões, mas o foco do combate à mudança do clima deve ser a alteração da matriz energética e o uso mais intensivo de energias limpas. A Convenção do Clima e seu Protocolo de Kyoto são claros: àqueles que causaram o problema (os países industrializados) cabem metas mandatórias de reduções e a obrigação de agir primeiro. Embora não tenha metas mandatórias de redução por pouco ter contribuído para o problema, o Brasil está fazendo sua parte. Possuímos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. Nossos programas de biocombustível são exemplo para outros países. Contribuímos, dessa forma, para o desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira e para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil está, ainda, implementando uma política integrada de combate ao desmatamento. Trata-se de esforço multissetorial e de longo prazo, com ações de valorização da floresta em pé e de apoio ao desenvolvimento socioeconômico das comunidades que dela dependem.
Nos últimos anos, conseguimos importante redução das taxas de desmatamento. Em 2004-2005, a redução confirmada foi de 32%, ao que se somam, segundo dados preliminares, mais 11% no período 2005-2006. São resultados significativos, mas os esforços para uma redução permanente do desmatamento devem continuar. O manejo sustentável de florestas é, em todo o mundo, um campo propício à cooperação, por meio do intercâmbio de experiências e do auxílio na capacitação técnica. Estamos abertos a essa cooperação, sempre no estrito respeito às nossas leis e à nossa soberania. O Brasil participa ativamente dos debates internacionais sobre florestas. No âmbito da Convenção do Clima, apresentaremos, em novembro próximo, na Conferência de Nairóbi, proposta que visa promover incentivos aos esforços nacionais voluntários de redução das taxas de desmatamento. Acreditamos que essa é uma forma adequada de os países desenvolvidos apoiarem a conservação das florestas tropicais. A proposta é mais uma contribuição do Brasil para o esforço comum de redução global de emissões de gases de efeito estufa. A sociedade brasileira não aceita mais os padrões insustentáveis de desenvolvimento que levaram, em todo o mundo, a perdas ambientais irreparáveis. O Brasil espera que os países industrializados, responsáveis pelo problema, cumpram suas obrigações de redução de emissões.
Aqueles indivíduos bem-intencionados que, com razão, se preocupam com o clima do planeta deveriam dedicar-se a influenciar seus próprios governos no sentido da mudança de padrões insustentáveis de produção e consumo e da utilização de energias renováveis. Nessa área, o Brasil tem muito a oferecer em conhecimento e tecnologia. Da Amazônia nós estamos cuidando de acordo com modelos de desenvolvimento baseados em princípios de sustentabilidade definidos pela sociedade brasileira. A Amazônia é um patrimônio do povo brasileiro, e não está à venda.

Janeiro foi o mês mais quente no mundo desde 1880!!!



Agência EFE
WASHINGTON - O mês de janeiro foi o mais quente registrado em nível mundial desde 1880, com temperaturas quatro graus superiores à média devido, segundo um estudo, ao aquecimento global e, possivelmente, ao fenômeno 'El Niño'.
Apesar de ter sido seguido por gélidas temperaturas em fevereiro no hemisfério norte, o mês de janeiro bateu todos os recordes de calor no mundo, sobretudo nas latitudes mais setentrionais (ao norte), informaram hoje vários cientistas americanos.
A Sibéria, o Canadá e o norte da Ásia e da Europa registraram temperaturas de até quatro graus centígrados acima da média do mês de janeiro, segundo o Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos.
Estes níveis representam um recorde em relação aos registrados em 2002, quando as temperaturas superaram em 0,56 grau centígrado a média, o que foi considerado como um valor altíssimo.
Os resultados dos testes surpreenderam tanto os analistas que estes os fizeram duas vezes. Entretanto, não houve variação, e os cientistas chegaram à conclusão de que em janeiro de 2007 ocorreu o maior salto em direção ao aquecimento global em 10 anos.
Para os cientistas, a explicação do aumento generalizado das temperaturas é o aquecimento global, cujos efeitos foram destacados pelo novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPPC, sigla em inglês), grupo de especialistas reunidos pela ONU.
O fenômeno 'El Niño', aquecimento no Pacífico Central que tende a aumentar as temperaturas globais, também teve influência no aumento generalizado de temperaturas. Por enquanto, porém, os cientistas não sabem se considerá-lo um fator determinante.
Janeiro pareceu seguir a tônica de 2006, ano mais quente nos Estados Unidos desde que há registros das temperaturas.

12 de fev. de 2007

Como entender "geo-políticas" do petróleo e da ambiental

Por Mauro Kahn

É notório que a geografia política do planeta é bastante influenciada pelas necessidades de recursos energéticos, em especial o petróleo. Por esta razão até existe uma ciência denominada "Geo-política do Petróleo". Hoje ninguém mais duvida que o petróleo esteve por detrás de todas as guerras do século XX e que também estará presente nas guerras deste século.Para nós do Clube do Petróleo, já está mais do que evidente isto, como também o fato, este relativamente novo, que as questões ambientais deverão seguir pelo mesmo caminho do petróleo, no que se referem a influência cada vez maior na geografia política do planeta. Nós do Clube do Petróleo estimamos que no médio prazo, o problema de escassez da água, associado a redução das terras cultiváveis, acabarão por produzir uma série de conflitos, sejam estes locais ou internacionais. Nossa dedução está baseada principalmente no que estudamos sobre "geo-política do petróleo". Observem que a história nos mostrou que os grandes produtores de petróleo querem lucrar o máximo, enquanto que os grandes consumidores, se pudessem, usariam o energético quase que de graça.
Obviamente, precisamos considerar que "água" ainda não virou "commodity" como ocorreu com o petróleo. Felizmente todos os povos ainda reconhecem que ela é indispensável para a vida. Aliás foi por esta razão que traçamos o nosso cenário otimista, no qual acreditamos na eficácia dos acordos internacionais e na predominância do bom senso, tudo para que se evitem mais desgraças, guerras e muitos milhões de vítimas. Entretanto, existe também um cenário pessimista, que se fundamenta em alguns fatos históricos, alguns até recentes, como a crise de fornecimento do gás natural para alumas regiões da Europa, pois afinal ainda nos lembramos dos europeus, em particular os autríacos visivelmente preocupados, com a possível escassez daquele energético que utilizariam para se aquecer no inverno. Neste caso ponderamos, que de fato prevaleceram os interesses econômicos e políticos dos produtores prioritariamente a possibilidade de pessoas morrerem de frio. Um outro bom exemplo que podemos nos lembrar, é quando países exportadores de alimentos, passam aceitem que parte da sua produção se estrague (alimentos que poderiam matar a fome de tantos) somente para que possam sustentar as cotações internacionais. Nestes dois casos podemos confirmar que os interesses econômicos e políticos costumam prevalecer aos interesses humanitários, concordam? É por tudo isto, que no nosso entendimento, em futuro não tão distante assim, muitos países poderão interromper suas negociações amigáveis e até partirem para confrontos em diferentes níveis, mas quase sempre em decorrência de problemas ambientais, cuja às origens ultrapassaram suas fronteiras. Como exemplo podemos citar a chuva ácida, os furacões cada vez mais fortes, a crescente poluição dos rios e das águas subterrâneas. Ficamos realmente preocupados, porque observamos a dificuldade de implementar ações conjuntas. Estamos confiantes que a humanidade saberá, no tempo certo, encontrar bons substitutos para o petróleo. No entanto nos questionamos sobre a "água, o solo e o ar", como conseguiremos recuperá-los, uma vez que não poderemos contar com substitutos? "
Ressaltamos a dificuldade que os líderes mundiais costumam encontrar para implementar soluções globais, sendo visível que as coisas se agravam a cada dia, justamente pela dificuldade de sair do plano para a ação.Já reconhecemos a algum tempo, o desafio que é saber gerenciar os denominados "projetos ambientais globais", que são tão estratégicos para melhorarmos os indicadores ambientais do planeta.Finalizo este artigo divulgando, que a pós-graduação em meio ambiente "MBE" ( www.mbcursos.com.br) foi pioneira, ao desenvolver uma nova disciplina para seu programa, que foi intitulada "Geo-política Ambiental". Esta disciplina é bem adequada aos novos tempos e está sendo ministrada pelo jornalista "André Trigueiro", que é um orgulho para o MBE, por ser um ex-aluno do MBE. Aliás André Trigueiro é um ex-aluno muito promissor, que se tornou-se autor de vários livros e professor de jornalismo ambiental na PUC-Rio. O jornalista foi premiado por especiais desenvolvidos para a televisão brasileira, sendo reconhecidamente um motivado defensor do meio ambiente. * Mauro Kahn é advogado e administrador de empresas, diretor e fundador do Clube do Petróleo (desde 2000), gerente executivo da pós-graduação em petróleo MBP-COPPE (1998). Foi administrador na Shell Brasil entre 1988 e 1996. Kahn é especializado no setor petróleo e também em gestão ambiental, sendo inclusive o autor dos livros Sumário do Direito Ambiental na Indústria do Petróleo e Gerenciamento de Projetos Ambientais, Riscos & Conflitos. Mauro Kahn produziu, nos últimos cinco anos, dezenas de artigos e análises setoriais da Indústria do Petróleo & Gás. Coordenou inúmeros cursos e seminários direcionados para o setor petrolífero, além das atividades técnicas pertinentes ao site do Clube do Petróleo. ",

Fonte: www.jornaldomeioambiente.com.br

6 de fev. de 2007

VII ENCONTRO DE FOLIA DE REIS DO DISTRITO FEDERAL

Associada à devoção e à religiosidade do povo, a Folia de Reis é uma manifestação de grande significado para a educação informal dos membros das comunidades onde a festa é celebrada. Na qualidade de uma das maiores celebrações da cultura e da religiosidade popular, ela é portadora de referência à identidade e à ação das pessoas que participam direta ou indiretamente da festa. No Distrito Federal essa tradição existe mesmo antes da sua criação. Cidades como Planaltina e Brazlândia têm a Folia de Reis como tradição há mais de cem anos. Desde o 3º Encontro de Folias de Reis realizado em 2003, a festa faz parte do calendário oficial de eventos do Distrito Federal, por meio de Projeto de Lei de autoria da Dep. Eliana Pedrosa. Este ano o encontro realizará sua sétima edição com uma extensa programação.
Nesta sétima edição do ENCONTRO DE FOLIA DE REIS DO DF, além da programaçC3�m da programação principal que são as apresentações das diversas Companhias, Ternos e Grupos de Folias de Reis e danças populares, acontecerão shows com artistas convidados: Pedro Bento e Zé da Estrada - SP, Roberto Corrêa – DF, Ely Camargo – GO, Luiz Faria e Silva Neto - SP e Zé Mulato e Cassiano – DF, Galvan e Galvãozinho -GO entre outros. Outro marco importante será o lançamento do 1º CD de uma das Folias de Reis que participam do Encontro (Folia de Reis do Seu João Timóteo). O CD foi produzido em parceria com a VBS Produções, que no ano passado lançou com patrocínio da Petrobras, a coletânea “Folia de Reis, Tradição e Fé”, um registro sonoro do encontro acompanhado de livreto.
O ENCONTRO DE FOLIA DE REIS DO DF é realizado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SEAPA e EMATER-DF e conta com a produção do Clube do Violeiro Caipira de Brasília e VBS Produções que é também a idealizadora do Encontro, que acontece sempre no último fim de semana de janeiro. Este ano excepcionalmente o encontro será realizado nos dias 09, 10 e 11 de fevereiro com atividades a partir das 18h de sexta- feira, dia 09, para toda família.
O ENCONTRO DE FOLIA DE REIS DO DF apresenta-se como um dos mais importantes eventos de valorização e divulgação da cultura popular tradicional, desenvolvido em Brasília e de suma importância para divulgação a nível nacional dos potenciais cultural, turístico e econômico do Distrito Federal.Trata-se não só de uma manifestação folclórica, mas também de uma grande demonstração de fé e respeito às tradições culturais populares e religiosas do povo brasileiro. A festa de Folia de Reis é uma manifestação plebéia, mas de indiscutível realeza. VBS Produções e Eventos - (61) 3301 5888 / 3301 1267 www.violabrashow.com.br

Outras atrações:
- Exposições de instrumentos musicais, fotos, cartazes, vídeos, etc.
- Grupos de Danças: Catira, Lundu, Curralera, São Gonçalo, Sussia, Tambor, etc.
- Jogos roceiros e brincadeiras

Variedades:
- Artesanato e Exposições diversas (Turismo Rural)
- Engenho de cana (rapadura e melado feitos na hora)
- Presença de Ternos, Cia. de Folias de Reis, Duplas e Violeiros do DF e de outros Estados
- Presépios
- Restaurantes com comidas típicas e Produtos agroindustriais
- Venda de CD´s

Informações e inscrições: (61) 3301 1267 e 3301 5888
Local: UNIDADE DEMONSTRATIVA da SEAPA, no Parque de Exposições da Granja do Torto.
SEXTA-FEIRA - Dia 09 / 02 / 200718h –
INÍCIO : Representação da chegada dos Três Reis Magos à Belém e o encontro das bandeiras das Folias, apresentação do canto de chegada pelas Folias presentes -
PALCO19h30 - Jantar dos foliões, seguido de Bendito de Mesa e apresentação de violeiros -
GALPÃO20h – ABERTURA OFICIAL: Presença do Excelentíssimo Sr. José Roberto Arruda, Governador do Distrito Federal e autoridades políticas e eclesiásticas, seguida de queima de fogos.21h - Apresentação de Folias e danças populares -
PALCO22h30 – Show: ROBERTO CORRÊA (violeiro, cantador e Pesquisador) -
PALCO23h30 – Show: PEDRO BENTO & ZÉ DA ESTRADA (50 anos de sucesso) -
PALCO - Após o show, arrasta pé com músicos foliões - Local: coreto e ranchos da fazenda
SÁBADO - Dia 10 / 02 / 20078h -
Café da manhã dos foliões com Canto de Agradecimento -
GALPÃO9h - Oficina de dança (Catira e Lundu) com GALVAN & GALVÃOZINHO e BADIA MEDEIROS - Oficina de brinquedos e brincadeiras – MAMULENGO PRESEPADA -
PRAÇA;12h - Almoço dos foliões com show de violeiros, seguido do Bendito de Mesa -
GALPÃO14h - Continuação das oficinas e apresentações espontâneas pelos grupos de folia e danças17h - Apresentação das Folias e danças (Lançamento do CD Folia João Timóteo) -
PALCO20h - Jantar dos foliões com show de violeiros, seguido do Bendito de Mesa -
GALPÃO20h30 - Apresentação de Folias, violeiros e danças populares -
PALCO22h – Show: ELY CAMARGO (Cantora Popular Tradicional) -
PALCO23h – Show: ZÉ MULATO & CASSIANO (A mais autêntica dupla caipira do Brasil) -
PALCO- Após o show, arrasta pé com músicos foliões - Local: coreto e ranchos da fazenda.
DOMINGO - Dia 11 / 02 / 2007
8h - Café da manhã dos foliões com Canto de Agradecimento -
GALPÃO 9h - Oficina de dança (Catira e Lundu) com GALVAN & GALVÃOZINHO e BADIA MEDEIROS - Oficina de brinquedos e brincadeiras – MAMULENGO PRESEPADA -
PRAÇA; 10h - Reunião do “Fórum de Cultura Popular do Distrito Federal e Entorno” –
AUDITÓRIO - Canto de Presépio e apresentações espontâneas pelos Grupos de Folia e danças -
PRAÇA 12h - Almoço dos foliões com show de violeiros e Bendito de Mesa -
GALPÃO 15h - Encerramento das oficinas de dança e brinquedos -
PALCO 17h - Apresentação das Folias (Canto de Despedida) e danças populares -
PALCO 20h - Show de encerramento com RODA DE VIOLEIROS – Aparício Ribeiro, Armindo Nogueira, Beto Moskovish, Diego & Karley, Galvan e Galvãozinho, Grampão e Tiãozinho, Luiz Faria e Silva Neto, Maré e Marezinho, Mozart e Mozair, Vanderley e Valtecy, Wellington Violeiro, Zé do Campo e Florestal, Zé Doradin e Riberão e outros.
Informações e inscrições: (61) 3301 1267 e 3301 5888

5 de fev. de 2007

Tucano-serrismo Agudo!!!


A última da imprensa tucano-serrista de São Paulo, chega a ser cômica. O colunismo político bandeirante, mais do que qualquer outro tentáculo da ultrarreacionária imprensa paulista, acaba de se superar com a teoria ridícula - porque só acreditará nela quem não acompanha nada da política deste país - de que o governador de São Paulo, José Serra, teria trabalhado pela eleição de Arlindo Chinaglia (PT-SP) como presidente da Câmara dos deputados e teria sido um dos que "ganharam" com essa eleição.
Um bom exemplo do que digo está na coluna deste sábado (3/2) de Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo. Sem ruborizar, o colunista escreveu uma ode à desfaçatez, à falta de respeito pela inteligência de seus leitores e, acima de tudo, à amnésia. Vejam o que diz esse cavalheiro:
"(...) José Serra e Aécio Neves ajudaram a materializar a eleição do petista Arlindo Chinaglia para presidente da Câmara (...) Não interessa a Serra inaugurar conflitos agora com seus possíveis adversários em 2010 (...) Serra teve uma razão extra para militar mais a favor do PT (...) A vida de um governador atritado com o PT poderá virar um inferno a partir de agora [que terá que relacionar-se com o Executivo federal] (...)".
Ó deuses da memória, correi em auxílio dessa pobre alma desgarrada que trabalha na Folha, pois jornalismo sem memória é como carro sem rodas, morango sem chantilli, cerveja sem espuma, partida de futebol sem gols.
Há cerca de um mês, José Serra foi empossado governador de São Paulo em cerimônia na Assembléia Legislativa do Estado em que partiu para cima do governo federal num discurso exclusivamente focado nos problemas nacionais, em detrimento dos do Estado, e em críticas ao encaminhamento desses problemas pelo governo central. Mais uns dias, o governo Lula lança o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e Serra o bombardeia virulentamente depois de dois ou três dias, o que fez Lula dizer que o tucano estava "obcecado por 2010".
E Serra não quer se indisa não quer se indispor com Lula?!!
Ora, Fernando Rodrigues e demais jornalistas tucanizados (como bem definiu Mino Carta recentemente), por que é que vocês não vão... não vão... não vão... Bem, por que é vocês não vão catar coquinhos? E com licença, que tenho mais o que fazer.


Mídia Arrasada!!!

A grande mídia acaba de sofrer sua segunda grande derrota em poucos meses. Depois da surra que levou por conta da reeleição (por margem acachapante) de um dos políticos mais combatidos pelos meios de comunicação em toda história deste país, agora vê outra grande aposta sua esboroar-se. Obviamente que você já sabe do que estou falando. E não é só da eleição de Arlindo Chinaglia como presidente da Câmara. A mídia previu disputa equilibrada na disputa pela Presidência do Senado, apostando nas chances do pefelista José Agripino Maia contra o peemedebista Renan Calheiros, mas este venceu fácil. Os soldados, sargentos, tenentes e até os generais da grande mídia continuam posando de vitoriosos. A cada grande derrota, agem como se ela não tivesse acontecido, como se jamais tivessem fracassado miseravelmente em eleger um Alckmin, um José Agripino Maia ou um Gustavo Fruet, apesar de tantos esforços. A grande mídia não conseguiu influenciar nem a maior parte de seis míseras centenas de congressistas. Os agentes da grande mídia nos tratam com desprezo, com arrogância, com superioridade, mas é tudo pose. Ao não conseguirem influir significativamente nas escolhas políticas do país, vão perdendo parte vital da importância que sempre tiveram para a elite dominante. Não demora e serão deixados a pé.

Oposição Esquizofrênica!!!


O que marcou o discurso da oposição tucano-pefelê e do colunismo político nacional ao longo do primeiro mandato do presidente Lula foi a cobrança de posturas pretéritas dele em relação a temas como, por exemplo, a reforma da Previdência. A taxação de aposentados e pensionistas, por exemplo, foi combatida com unhas e dentes pela oposição e pela mídia e considerada como prova de que o PT mudara o discurso com que havia chegado ao poder.
O que dizem essas mesmas vozes tonitruantes, que ontem criticavam o "neopragmatismo" de Lula, diante da afirmação do presidente de que não pretende impor mais arrochos aos aposentados porque o tão propalado déficit da Previdência não seria déficit e, sim, resultado da aprovação de direitos sociais pela Constituição de 1988, tais como a concessão de aposentadorias a trabalhadores rurais etc?
A esquizofrenia da imprensa e da oposição é caso de hospício - ou de polícia. Se o Lula presidente diverge do que pregava o Lula oposicionista, é incoerente com o que pregava; se é coerente com o que pregava, vira "populista". Não há saída para o Lula. Nada do que faça ou diga deixará de ser criticado pela oposição e pela imprensa. Ainda bem que quem decide quem governa ou não é o povo e não essas forças do atraso e da injustiça social.

Carta de ex da globo!!!

Uma carta escrita e publicada por ex jornalista da globo. Pode parecer despeito, mas expõe uma série de situações que desconhecemos, vale a leitura e claro uma crítica cuidadosa!!!
Gilson Silva

Lealdade
Rodrigo Vianna
Quando cheguei à TV Globo, em 1995, eu tinha mais cabelo, mais esperança, e também mais ilusões. Perdi boa parte do primeiro e das últimas. A esperança diminuiu, mas sobrevive. Esperança de fazer jornalismo que sirva pra transformar - ainda que de forma modesta e pontual. Infelizmente, está difícil continuar cumprindo esse compromisso aqui na Globo. Por isso, estou indo embora.
Quando entrei na TV Globo, os amigos, os antigos colegas de Faculdade, diziam: "você não vai agüentar nem um ano naquela TV que manipula eleições, fatos, cérebros". Agüentei doze anos. E vou dizer: costumava contar a meus amigos que na Globo fazíamos - sim - bom jornalismo. Havia, ao menos, um esforço nessa direção.
Na última década, em debates nas universidades, ou nas mesas de bar, a cada vez que me perguntavam sobre manipulação e controle político na Globo, eu costumava dizer: "olha, isso é coisa do passado; esse tempo ficou pra trás".
Isso não era só um discurso. Acompanhei de perto a chegada de Evandro Carlos de Andrade ao comando da TV, e a tentativa dele de profissionalizar nosso trabalho. Jornalismo comunitário, cobertura política - da qual participei de 98 a 2006. Matérias didáticas sobre o voto, sobre a democracia. Cobertura factual das eleições, debates. Pode parecer bobagem, mas tive orgulho de participar desse momento de virada no Jornalismo da Globo.
Parecia uma virada. Infelizmente, a cobertura das eleições de 2006 mostrou que eu havia me iludido. O que vivemos aqui entre setembro e outubro de 2006 não foi ficção. Aconteceu.
Pode ser que algum chefe queira fazer abaixo-assinado para provar que não aconteceu. Mas, é runteceu. Mas, é ruim, hem!
Intervenção minuciosa em nossos textos, trocas de palavras a mando de chefes, entrevistas de candidatos (gravadas na rua) escolhidas a dedo, à distância, por um personagem quase mítico que paira sobre a Redação: "o fulano (e vocês sabem de quem estou falando) quer esse trecho; o fulano quer que mude essa palavra no texto".
Tudo isso aconteceu. E nem foi o pior.
Na reta final do primeiro turno, os "aloprados do PT" aprontaram; e aloprados na chefia do jornalismo global botaram por terra anos de esforço para construir um novo tipo de trabalho aqui.
Ao lado de um grupo de colegas, entrei na sala de nosso chefe em São Paulo, no dia 18 de setembro, para reclamar da cobertura e pedir equilíbrio nas matérias: "por que não vamos repercutir a matéria da "Istoé", mostrando que a gênese dos sanguessugas ocorreu sob os tucanos? Por que não vamos a Piracicaba, contar quem é Abel Pereira? "
Por que isso, por que aquilo... Nenhuma resposta convincente. E uma cobertura desastrosa. Será que acharam que ninguém ia perceber?
Quando, no JN, chamavam Gedimar e Valdebran de "petistas" e, ao mesmo tempo, falavam de Abel Pereira como empresário ligado a um ex-ministro do "governo anterior", acharam que ninguém ia achar estranho?
Faltando seis dias para o primeiro turno, o "petista" Humberto Costa foi indiciado pela PF. No caso dos vampiros. O fato foi parar em manchete no JN, e isso era normal. O anormal é que, no mesmo dia, esconderam o nome de Platão, ex-assessor do ministério na época de Serra/Barjas Negri. Os chefes sabiam da existência de Platão, pediram a produtores pra checar tudo sobre ele, mas preferiram não dar. Que jornalismo é esse, que poupa e defende Platão, mas detesta Freud! Deve haver uma explicação psicanalítica para jornalismo tão seletivo!
Ah, sim, Freud. Elio Gaspari chegou a pedir desculpas em nome dos jornalistas ao tal Freud Godoy. O cara pode ter muitos pecados. Mas, o que fizemos na véspera da eleição foi incrível: matéria mostrando as "suspeitas", e apontando o dedo para a sala onde ele trabalhava, bem próximo à sala do presidente... A mensagem era clara. Mas, quando a PF concluiu que não havia nada contra ele, o principal telejornal da Globo silenciou antes da eleição.
Não vi matérias mostrando as conexões de Platão com Serra, com os tucanos.
Também não vi (antes do primeiro turno) reportagens mostrando quem era Abel Pereira, quem era Barjas Negri, e quais eram as conexões deles com PSDB. Mas vi várias matérias ressaltando os personagens petistas do escândalo. E, vejam: ninguém na Redação queria poupar os petistas (eu cobri durante meses o caso Santo André; eram matérias desfavoráveis a Lula e ao PT, nunca achei que não devêssemos fazer; seria o fim da picada...).
O que pedíamos era isonomia. Durante duas semanas, às vésperas do primeiro turno, a Globo de São Paulo designou dois repórteres para acompanhar o caso dossiê: um em São Paulo, outro em Cuiabá. Mas, nada de Piracicaba, nada de Barjas.!
Um colega nosso chegou a produzir, de forma precária, por telefone (vejam, bem, por telefone! Uma TV como a Globo fazer reportagem por telefone), reportagem com perfil do Abel. Foi editada, gerada para o Rio. Nunca foi ao ar!
Os telespectadores da Globo nunca viram Serra e os tucanos entregando ambulâncias cercados pelos deputados sanguessugas. Era o que estava na tal fita do "dossiê". Outras TVs mostraram o vídeo, a internet mostrou. A Globo, não. Provava alguma coisa contra Serra? Não. Ele não era obrigado a saber das falcatruas de deputados do baixo clero. Mas, por que demos o gabinete de Freud pertinho de Lula, e não demos Serra com sanguessugas?
E o caso gravíssimo das perguntas para o Serra? Ouvi, de pelo menos 3 pessoas diretamente envolvidas com o SP-TV Segunda Edição, que as perguntas para o Serra, na entrevista ao vivo no jornal, às vésperas do primeiro turno, foram rigorosamente selecionadas. Aquele diretor (aquele, vocês sabem quem) teria mandado cortar todas as perguntas "desagradáveis". A equipe do jornal ficou atônita. Entrevistas com os outros candidatos tinham sido duras, feitas com liberdade. Com o Serra, teria havido, deliberadamente, a intenção de amaciar.
E isso era um segredo de polichinelo. Muita gente ouviu essa história pelos corredores...
E as fotos da grana dos aloprados? Tínhamos que publicar? Claro. Mas, porque não demos a história completa? Os colegas que estavam na PF naquele dia (15 de setembro), tinham a gravação, mostrando as circunstâncias em que o delegado vazara as fotos. Justiça seja feita: sei que eles (repórter e produtor) queriam dar a matéria completa - as fotos, e as circunstâncias do vazamento. Podiam até proteger a fonte, mas escancarando o que são os bastidores de uma campanha no Brasil. Isso seria fazer jornalismo, expor as entranhas do poder.
Mais uma vez, fomos seletivos: as fotos mostradas com estardalhaço. A fita do delegado, essa sumiu!
Aquele diretor, aquele que controla cada palavra dos textos de política, disse que só tomou conhecimento do conteúdo da fita no dia seguinte. Quer que a gente acredite?
Por que nunca mostraram o conteúdo da fita do delegado no JN?
O JN levou um furo, foi isso?
Um colega nosso, aqui da Globo ouviu a fita e botou no site pessoal dele... Mas, a Globo não pôs no ar... O portal "G-1" botou na íntegra a fita do delegado, dias depois de a "CartaCapital" ter dado o caso. Era noticia? Para o portal das Organizações Globo, era.
Por que o JN não deu no dia 29 de setembro? Levou um furo?
Não. Furada foi a cobertura da eleição. Infelizmente.
E, pra terminar, aquele episódio lamentável do abaixo-assinado, depois das matérias da "CartaCapital". Respeito os colegas que assinaram. Alguns assinaram por medo, outros por convicção. Mas, o fato é que foi um abaixo-assinado em defesa da Globo, apresentado por chefes!
Pensem bem. Imaginem a seguinte hipótese: a revista "Quatro Rodas" dá matéria falando mal da suspensão de um carro da Volkswagen, acusando a empresa de deliberadamente não tomar conhecimento dos problemas. Aí, como resposta, os diretores da Volks têm a brilhante idéia de pedir aos metalúrgicos pra assinar um manifesto em defesa da empresa! O que vocês acham? Os metalúrgicos mandariam a direção da fábrica catar coquinho em Berlim!
Aqui, na Globo, muitos preferiram assinar. Por isso, talvez, tenhamos um metalúrgico na Presidência da República, enquanto os jornalistas ficaram falando sozinhos nessa eleição...
De resto, está difícil continuar fazendo jornalismo numa emissora que obriga repórteres a chamarem negros de "pretos e pardos". Vocês já viram isso no ar? Sinto vergonha...
A justificativa: IBGE (e, portanto, o Estado brasileiro) usa essa nomenclatura. Problema do IBGE. Eu me recuso a entrar nessa. Delegados de policia (representantes do Estado) costumavam (até bem pouco tempo) tratar companheiras (mesmo em relações estáveis) como "concubinas" ou "amásias". Nunca usamos esses termos!
Árabes que chegaram ao Brasil no início do século passado eram chamados de "turcos" pelas autoridades (o passaporte era do Império Turco Otomano, por isso a nomenclatura). Por causa disso, jornalistas deviam chamar libaneses de turcos?
Daqui a pouco, a Globo vai pedir para que chamemos a Parada Gay de "Parada dos Pederastas". Francamente, não tenho mais estômago.
Mas, também, o que esperar de uma Redação que é dirigida por alguém que defende a cobertura feita pela Globo na época das Diretas?
Respeito a imensa maioria dos colegas que ficam aqui. Tenho certeza que vão continuar se esforçando pra fazer bom Jornalismo. Não será fácil a tarefa de vocês.
Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom dia Brasil ao JG, temos um desfile de gente que está do mesmo lado.
Mas sabem o que me deixou preocupado mesmo? O texto do João Roberto Marinho depois das eleições.
Ele comemorou a reação (dando a entender que foi absolutamente espontânea; será que disseram isso pra ele? Será que não contaram a ele do mal-estar na Redação de São Paulo?) de jornalistas em defesa da cobertura da Globo:
"(...)diante de calúnias e infâmias, reagem, não com dúvidas ou incertezas, mas com repúdio e indignação. Chamo isso de lealdade e confiança".
Entendi. Ele comemora que não haja dúvidas e incertezas... Faz sentido. Incerteza atrapalha fechamento de jornal. Incerteza e dúvida são palavras terríveis. Devem ser banidas. Como qualquer um que diga que há racismo - sim - no Brasil.
E vejam o vocabulário: "lealdade e confiança". Organizações ainda hoje bem populares na Itália costumam usar esse jargão da "lealdade".
Caro João, você talvez nem saiba direito quem eu sou.
Mas, gostaria de dizer a você que lealdade devemos ter com princípios, e com a sociedade. A Globo, infelizmente, não foi "leal" com o público. Nem com os jornalistas.Vai pagar o preço por isso. É saudável que pague. Em nome da democracia!
João, da família Marinho, disse mais no brilhante comunicado interno:
"Pude ter certeza absoluta de que os colaboradores da Rede Globo sabem que podem e devem discordar das decisões editoriais no trabalho cotidiano que levam à feitura de nossos telejornais, porque o bom jornalismo é sempre resultado de muitas cabeças pensando".
Caro João, em que planeta você vive? Várias cabeças? Nunca, nem na ditadura (dizem-me os companheiros mais antigos) tivemos na Globo um jornalismo tão centralizado, a tal ponto que os repórteres trabalham mais como bonecos de ventríloquos, especialmente na cobertura política!
Cumpro agora um dever de lealdade: informo-lhe que, passadas as eleições, quem discordou da linha editorial da casa foi posto na "geladeira". Foi lamentável, caro João. Você devia saber como anda o ânimo da Redação - especialmente em São Paulo.
Boa parte dos seus "colaboradores" (você, João, aprendeu direitinho o vocabulário ideológico dos consultores e tecnocratas - "colaboradores", essa é boa... Eu não sou colaborador, coisa nenhuma! Sou jornalista!) está triste e ressabiada com o que se passou.
Mas, isso tudo tem pouca importância.
Grave mesmo é a tela da Globo - no Jornalismo, especialmente - não refletir a diversidade social e política brasileira. Nos anos 90, houve um ensaio, um movimento em direção à pluralidade. Já abortado. Será que a opção é consciente?
Isso me lembra a Igreja Católica, que sob Ratzinger preferiu expurgar o braço progressista. Fez uma opção deliberada: preferiram ficar menores, porém mais coesos ideologicamente. Foi essa a opção de Ratzinger. Será essa a opção dos Marinho?
Depois, não sabem porque os protestantes crescem...
Eu, que não sou católico nem protestante, fico apenas preocupado por ver uma concessão pública ser usada dessa maneira!
Mas, essa é também uma carta de despedida, sentimental.
Por isso, peço licença pra falar de lembranças pessoais.
Foram quase doze anos de Globo.
Quando entrei na TV, em 95, lá na antiga sede da praça Marechal, havia a Toninha - nossa mendiga de estimação, debaixo do viaduto. Os berros que ela dava em frente à entrada da TV traziam uma dimensão humana ao ambiente, lembravam-nos da fragilidade de todos nós, de como nossa razão pode ser frágil.
Havia o João Paulada - o faz-tudo da Redação.
Havia a moça do cafezinho (feito no coador, e entregue em garrafas térmicas), a tia dos doces...
Era um ambiente mais caseiro, menos pomposo. Hoje, na hora de dizer tchau, sinto saudade de tudo aquilo.
Havia bares sujos, pessoas simples circulando em volta de todos nós - nas ruas, no Metrô, na padaria.
Todos, do apresentador ao contínuo, tinham que entrar a pé na Redação. Estacionamentos eram externos (não havia "vallet park", nem catraca eletrônica). A caminhada pelas calçadas do centro da cidade obrigava-nos a um salutar contato com a desigualdade brasileira.
Hoje, quando olho pra nossa Redação aqui na Berrini, tenho a impressão que estou numa agência de publicidade. Ambiente asséptico, higienizado. Confortável, é verdade. Mas triste, quase desumano.
Mas, há as pessoas. Essas valem a pena.
Pra quem conseguiu chegar até o fim dessa longa carta, preciso dizer duas coisas...
1) Sinto-me aliviado por ficar longe de determinados personagens, pretensiosos e arrogantes, que exigem "lealdade"; parecem "poderosos chefões" falando com seus seguidores... Se depender de mim, como aconteceu na eleição, vão ficar falando sozinhos.
2) Mas, de meus colegas, da imensa maioria, vou sentir saudades.
Saudades das equipes na rua - UPJs que foram professores; cinegrafistas que foram companheiros; esses sim (todos) leais ao Jornalismo.
Saudades dos editores - que tiveram paciência com esse repórter aflito e procuraram ser leais às minúcias factuais.
Saudades dos produtores e dos chefes de reportagem - acho que fui leal com as pautas de vocês e (bem menos) com os horários!
Saudades de cada companheiro do apoio e da técnica - sempre leais.
Saudades especialmente, das grandes matérias no Globo Repórter - com aquela equipe de mestres (no Rio e em São Paulo) que aos poucos vai se desmontando, sem lealdade nem respeito com quem fez história (mas há bravos resistentes ainda).
Bem, pelo tom um tanto ácido dessa carta pode não parecer. Mas levo muita coisa boa daqui.
Perdi cabelos e ilusões. Mas, não a esperança.
Um beijo a todos.

Rodrigo Vianna.

3 de fev. de 2007

Depressão: doença ou capacidade?

Nova visão de um problema, novas possibilidades
Trechos de um livro de Richard Bandler que alteram dramaticamente a compreensão do que é o processo de estar deprimido - e portanto o que pode ser feito para lidar com ele.
Pneus podem causar depressão?
Cena vez, perguntei a um homem de que maneira ele ficava deprimido, e ele respondeu: "Bom, quando entro no meu carro e descubro que um dos pneus está arriado". Bem, é verdade que isso é desagradável, mas não me parece o suficiente para se ficar deprimido. Como é que você faz para que se torne deprimente de verdade?
Eu sei que para cada uma das vezes que o seu carro quebrou houve centenas de vezes em que ele funcionou à perfeição. Mas, ele não pensava naquele momento sobre isso. Se eu conseguir com que ele pense em todas as ocasiões em que o carro funcionou bem, ele não ficará deprimido.
O que é preciso fazer para se deprimir?
Fui certa vez consultado por uma mulher que dizia estar deprimida. "Como é que você sabe que está deprimida?" Ela me olhou e respondeu que o seu psiquiatra havia-lhe dito. Eu disse: "Talvez ele esteja errado; talvez você não esteja deprimida; talvez isto seja estar felizl". Ela olhou para mim, levantou a sobrancelha e disse: "Acho que não''. Mas ela não havia respondido à minha pergunta: "Como é que sabe se está deprimida?". Se você estivesse feliz, como saberia?" "Você já esteve feliz alguma vez?"
Descobri que a maioria das pessoas deprimidas teve tantas experiências agradáveis quanto as outras pessoas, só que quando elas se lembram dessas experiências acham que não foram tão agradáveis assim, na realidade. Em vez de usarem lentes cor-de-rosa, usina lentes cinza. Conheci uma senhora maravilhosa que colocava uma coloração azulada nas experiências desagradáveis e uma rosa nas que eram agradáveis. Ela classificava-as bem. Ao se lembrar de algo, e mudar a sua cor, a lembrança era completamente transformada. Não sei lhes dizer por que funciona, é assim que ela o faz subjetivamente.
16 anos ou 25 horas de depressão?
A primeira vez que um dos meus clientes disse: "Estou deprimido", respondi: "Oi, sou Richard". Ele parou e disse: "Não". "Não sou?" "Espere um pouco. Você está confuso." "Não estou confuso. Está tudo muito claro para mim." "Sinto-me deprimido há 16 anos." "Muito interessante! Nunca dormiu durante todo este tempo? " A estrutura do que ele estava dizendo era a seguinte: "Eu codifiquei a minha experiência de tal maneira que estou vivendo na ilusão de manter o mesmo estado de consciência por 16 anos''. Eu sei que ele não está deprimido há 16 anos. Ele tem de almoçar, se chatear e outras coisas mais.
Tentem manter o mesmo estado de consciência por 20 minutos. Gasta-se muito dinheiro e tempo para aprender a meditar para manter o mesmo estado durante uma ou duas horas. Se uma pessoa ficasse deprimida durante uma hora seguida, nem mesmo seria capaz de percebê-lo porque a sensação se tornaria um hábito, ficando assim imperceptível. Se fazemos algo durante muito tempo, não seríamos mais capazes de percebê-lo. Isto é o que o hábito faz, mesmo a nível de sensação física. Assim, eu sempre me pergunto: "Como esta pessoa pode acreditar que tem estado deprimido todo este tempo?''.
Pode-se curar algo que na verdade a pessoa nunca teve. "16 anos de depressão'' podem ser, na realidade, apenas 25 horas de depressão. Porém, se aceitarmos a afirmação deste cliente de que "Estou deprimido há 16 anos" sem questionar, estaremos aceitando a pressuposição de que ele tenha mantido um mesmo estado de consciência por tanto tempo. E, se partimos do princípio de que o objetivo é torná-lo feliz, estaremos tentando colocá-lo permanentemente em outro estado de consciência. Talvez até se consiga fazê-lo crer que é uma pessoa feliz o tempo todo. Podemos ensinar-lhe a recodificar todos os momentos da sua vida como felizes. Não importa o quanto ele se sinta infeliz, pensará que está feliz o tempo todo. Na realidade, nada mudou para ele no presente - apenas quando ele pensa no passado. O que aconteceu foi que lhe demos uma nova ilusão para substituir a anterior.
Pode estar faltando o que fazer
Muitas pessoas sentem-se deprimidas porque têm uma boa razão para tal. Muitas têm vidas vazias, sem nenhum sentido e sentem-se infelizes. O fato de conversar com um terapeuta não mudará em nada essa condição, a não ser que a pessoa passe a viver de maneira diferente. Se alguém prefere gastar dinheiro em terapia, em vez de gastá-lo para divertir-se, não se trata de uma deficiência mental, mas de estupidez! Se você não fizer nada, é claro que ficará entediado e deprimido. Um exemplo extremo disto é a catatonia.
Como ficar deprimido
Quando alguém me diz que está deprimido, faço o de sempre: quero descobrir o que ela faz para ficar deprimida. Acho que se puder refazer os seus passos de maneira metódica e descobrir o que esta pessoa faz tão bem que possa repeti-lo, então posso dizer-lhe o que fazer para mudar a maneira de agir, ou achar alguém que não esteja deprimido e descobrir o que este faz para não ficar. Algumas pessoas ouvem uma voz interna, que parece lenta, dar-lhes a lista do que fizeram de errado. É muito fácil ficar deprimido, assim. É como se tivessem alguns dos meus professores de faculdade dentro da cabeça. Não é de admirar que estas pessoas sintam-se deprimidas. Às vezes a voz interna é tão baixa que a pessoa não se dá conta até o momento em que você lhe pergunta. E, como se trata de uma voz inconsciente, terá um efeito muito mais forte do que se fosse consciente - o impacto hipnótico será mais profundo ainda.
Se uma das suas clientes tem uma voz interna que a faz ficar deprimida, tente aumentar o seu volume para que perca o seu impacto hipnótico. Em seguida, mude o tom de voz, para que se torne amistoso. A sua cliente se sentirá bem melhor, mesmo que a voz continue a recitar listas das suas falhas.
Muitas pessoas deprimem-se com imagens, e há toda uma série de variações. A pessoa pode criar colagens de todas as vezes em que falhou no passado, ou criar milhares de imagens de como as coisas poderiam ser ruins no futuro. Pode-se olhar para qualquer coisa do mundo real e sobrepor uma imagem da maneira como aquilo será em 100 anos. Vocês certamente já ouviram falar em "começarmos a morrer na hora em que nascemos''. Esta é genial.

Richard Bandler

2 de fev. de 2007

Em busca da felicidade!!!



Semana passada me entusiasmei com os encantos de charme da hospedaria onde passei os últimos dias do ano e acabei não mencionando quais os novos planos para este novo ano.
Disse que seria um ser mais meigo, benevolente, positivo.
Pois vamos aos planos.
O adjetivo “maravilhoso” será incorporado ao meu vocabulário do dia-a-dia. Vejo que muitos o têm utilizado nas mais insignificantes situações, para definir, geralmente, as mais inomináveis besteiras e mentiras. Ops! Olha a crítica maldosa se metendo onde não foi chamada.
E a maneira de dizer “maravilhoso” também vai seguir o mesmo padrão dos que mencionam o adjetivo inadvertidamente – droga! olha eu de novo relutando em aceitar o novo eu.
Repare que não basta dizer “maravilhoso”. A palavra deve ser dividida: ma-ra-vi-lho-so. Percebo algumas variações. As pessoas mais descoladas costumam unir o “maravi” e alongar o “lhoso”. Soa mais ou menos assim: “maravi-lhooooso”. A testa costuma franzir, rola um lábio inferior estilo Angelina Jolie e a cabeça balança um pouco.
E veja você que curioso: parece que a expressão está ligada a coisas atuais, coisas que estão, de alguma maneira, na moda.
Digamos que eu comente: “Comi um robalo com um bobó de camarão no Amadeus que estava excelente”. O insider diria: “Amadeus? Ah, sei. É. É bom esse restaurante”.
Mas se eu disser: “Comi um filhote com vatapá no Brasil a Gosto”. “MARAVI-LHOOOOOOSO”, diria, franzindo a testa e se arrepiando todo, o insider. E ainda que eu completasse: um dos piores filhotes e um vatapá muito ruim, ele não me daria ouvidos.
Mas, dentro da proposta de mudança, é provável que eu apenas concordasse com o insider. E mais: voltaria ao restaurante com ele e acharia tudo maravilhoooso.
Fumar. Sempre consta nas listas de promessas para o novo ano parar com isso. Não prometo abandonar o vício. Prometo tentar parar de fumar entre um prato e outro. Hábito condenável sob todos os aspectos. Dizem que prejudica o paladar. E aí surge uma questão séria. Vai que decido parar. Vai que meu paladar, que reputo como razoavelmente apurado, fique ainda mais apurado. O que fazer com o adjetivo novo que irei incorporar ao meu dia-a-dia?
Também existe a possibilidade de eu estar completamente enganado a meu respeito. Quem garante que meu paladar é bom? Não teria eu, na verdade, boca de cabra? Será que ao parar de fumar irei descobrir que o pastel horripilante de bacalhau do Mercadão de São Paulo, assim como o grotesco sanduíche de mortadela do mesmo local, é maravi-lhoooooso? Será que não mais conseguirei passar uma semana sem comer comida japonesa?
Pizzas exóticas-chic com alho-porro, shitake, presunto de Parma e queijos afinados, meu Deus! Será que vou começar a gostar dessas mutações gastronômicas?
Veja quantas implicações cabeludas essa decisão de parar de fumar pode trazer.
Aceito sugestões e conselhos, mas, por ora, é melhor continuar sendo um tabagista.
Não mais irei reclamar da paupérrima oferta de cerveja nos bons restaurantes. Bohemia ou Cerpa. Tudo bem. Não tomarei mais cerveja e ponto.
Restaurantes que empregam jovens bonitos, descolados, maravi-lhoooosos, para nos mal servir, para nos servir de maneira atabalhoada e nada profissional, também deixarão de ser alvo de minhas críticas. Vê-los-ei com o olhar de um velho que admira e se encanta com a juventude.
E, da mesma forma, tentarei me encantar com a juventude dos vinhos. Preciso aprender a gostar de vinhos jovens e descobrir seus encantos. Preciso acreditar mais no enólogo e todo nosso Ronnie Von.
Não vai ser fácil. Vou tentar. Acredito que serei mais feliz e isso é o que importa, certo?
E, antes que esqueça, desejo a você um ano maravi-lhooooso!
Gilson Silva