Novas e úteis palavras
Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Um estudioso da linguagem (do qual só me lembro da frase) disse: "Diga isto sem palavras". E Robert B. Dilts disse que "Uma palavra vale mais que mil imagens".
Talvez todas sejam verdadeiras. Sobre a última, pense, por exemplo, na palavra "televisão". Pense em tudo que tem que saber e conhecer para entender com profundidade essa palavra: o aparelho, como funciona, os controles disponíveis, de onde vêm as imagens, como são produzidas, a história. Muito mais que mil imagens. De passagem, note a velocidade com que sua mente processa todas essas informações.
Pense agora na palavra "atenção". É uma palavra relativamente inespecífica, já que podemos dirigir a atenção a alguma imagem, som ou sensação, para algo externo ou interno a nós, ao passado, futuro ou presente, em maior ou menor grau de segmentação e ainda combinações dessas possibilidades. Essa palavra ainda tem a característica de ser um substantivo que se refere a um processo, o processo de estar atentando para algo.
Aqui focalizamos a característica da atenção de poder estar direcionada para o passado, presente ou futuro. Ao lembrarmos experiências, a atenção vai ao passado. Ao planejarmos ou ao nos preocuparmos com uma possibilidade, ao futuro. Sentir dor e prazer sensoriais são tipicamente experiências do presente, como saborear uma boa comida.
Mas por vezes a atenção não está no tempo mais apropriado. Estar preocupado com algo que pode acontecer, ao comer, prejudica usufruir do sabor. Ficar atento ao destino, ao dirigir em uma rodovia, pode impedir a chegada. Por isto, propomos criar algumas palavras que facilitem o acesso ao estado desejado. Quando for mais adequado estar no presente, "agorizamos".
Pense agora na palavra "atenção". É uma palavra relativamente inespecífica, já que podemos dirigir a atenção a alguma imagem, som ou sensação, para algo externo ou interno a nós, ao passado, futuro ou presente, em maior ou menor grau de segmentação e ainda combinações dessas possibilidades. Essa palavra ainda tem a característica de ser um substantivo que se refere a um processo, o processo de estar atentando para algo.
Aqui focalizamos a característica da atenção de poder estar direcionada para o passado, presente ou futuro. Ao lembrarmos experiências, a atenção vai ao passado. Ao planejarmos ou ao nos preocuparmos com uma possibilidade, ao futuro. Sentir dor e prazer sensoriais são tipicamente experiências do presente, como saborear uma boa comida.
Mas por vezes a atenção não está no tempo mais apropriado. Estar preocupado com algo que pode acontecer, ao comer, prejudica usufruir do sabor. Ficar atento ao destino, ao dirigir em uma rodovia, pode impedir a chegada. Por isto, propomos criar algumas palavras que facilitem o acesso ao estado desejado. Quando for mais adequado estar no presente, "agorizamos".
Quando for melhor dirigir nossa atenção ao futuro, "futurizamos". E quando tiver algum benefício atentar para o passado, "preterizamos". Se estiver sentindo alguma estranheza com os novos nomes, não se preocupe: após algum convívio com o diferente, vem a sensação típica de familiaridade. Imagine por exemplo que já ouviu a palavra agorizar mil vezes!
E como palavras sem experiências relacionadas não têm nenhum sentido, precisamos associar algumas coisas a cada nova palavra para entendê-la. Estaremos agorizando sempre que a nossa atenção estiver dirigida ao que estamos vendo, ouvindo e sentindo agora. Olhe em volta, escute, sinta seu corpo: você agorizou. Agora lembre-se do que fez ontem à noite. Ôpa, você preterizou. Agora pense em algo bem agradável que lhe espera no fim de semana. Nada como futurizar algo bem legal! Agorize-se por favor para completar a leitura do texto.
Quais seriam as utilidades de tudo isto? Por exemplo, se alguém está com medo e percebe que o medo é injustificado, basta agorizar-se (imagine - futurizando, é claro - como deve ser fácil depois de alguma prática). Um estudante que fica futurizando algo que nada tem a ver com a aula está desperdiçando tempo. Uma pessoa pode também verificar o que faz melhor e o que pode ser desenvolvido. "É, estou preterizando em excesso e perdendo o presente". E agoriza. Alguém se lamentando pode perceber que preterizar nesse contexto não está servindo para nada, e resolve agorizar para poder fazer algo que modifique a situação. E se acha que não vai se lembrar de agorizar, por exemplo, use o método do ensaio mental: futurize que está agorizando na situação desejada!
Transformar processos em coisas, como no exemplo da "atenção", pode ser útil para fazer com que o processo seja executado sem interrupção. Pense por exemplo na diferença entre sentir "raiva" e estar se "enraivecendo" a cada instante. Portanto, vamos criar também os substantivos: agorização, futurização e preterização. Sempre que quiser que algum estado se mantenha, prefira o substantivo: "Que agradável esta agorização". Se quiser tornar permanente o estado, use o verbo "ser" e incorpore-o à sua identidade: "Sou um agorizador".
Mas ainda não é o melhor. Após alguma prática de agorização (também funciona com outros processos), o processo mental vai se instalar e você vai agorizar com a mesma facilidade com que comanda sua mão ou a língua: nem precisa pensar conscientemente, simplesmente agoriza...e usufrui o presente!
E como palavras sem experiências relacionadas não têm nenhum sentido, precisamos associar algumas coisas a cada nova palavra para entendê-la. Estaremos agorizando sempre que a nossa atenção estiver dirigida ao que estamos vendo, ouvindo e sentindo agora. Olhe em volta, escute, sinta seu corpo: você agorizou. Agora lembre-se do que fez ontem à noite. Ôpa, você preterizou. Agora pense em algo bem agradável que lhe espera no fim de semana. Nada como futurizar algo bem legal! Agorize-se por favor para completar a leitura do texto.
Quais seriam as utilidades de tudo isto? Por exemplo, se alguém está com medo e percebe que o medo é injustificado, basta agorizar-se (imagine - futurizando, é claro - como deve ser fácil depois de alguma prática). Um estudante que fica futurizando algo que nada tem a ver com a aula está desperdiçando tempo. Uma pessoa pode também verificar o que faz melhor e o que pode ser desenvolvido. "É, estou preterizando em excesso e perdendo o presente". E agoriza. Alguém se lamentando pode perceber que preterizar nesse contexto não está servindo para nada, e resolve agorizar para poder fazer algo que modifique a situação. E se acha que não vai se lembrar de agorizar, por exemplo, use o método do ensaio mental: futurize que está agorizando na situação desejada!
Transformar processos em coisas, como no exemplo da "atenção", pode ser útil para fazer com que o processo seja executado sem interrupção. Pense por exemplo na diferença entre sentir "raiva" e estar se "enraivecendo" a cada instante. Portanto, vamos criar também os substantivos: agorização, futurização e preterização. Sempre que quiser que algum estado se mantenha, prefira o substantivo: "Que agradável esta agorização". Se quiser tornar permanente o estado, use o verbo "ser" e incorpore-o à sua identidade: "Sou um agorizador".
Mas ainda não é o melhor. Após alguma prática de agorização (também funciona com outros processos), o processo mental vai se instalar e você vai agorizar com a mesma facilidade com que comanda sua mão ou a língua: nem precisa pensar conscientemente, simplesmente agoriza...e usufrui o presente!
Carpe diem. Carpe "instantem".
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